Ser...
Como me tornei professora de Artes. Na minha infância, meu pai
trabalhava próximo ao Hospital, suas amizades eram médicos e pacientes. Sempre
chegava em casa com revistas de medicina. Nessas revistas os assuntos eram
doenças, cirurgias, medicamentos, mas no meio das revistas, (algum ser especial
da editora) colocava imagens de obras de arte consagradas, talvez para amenizar
o coração dos médicos. Bom isso chegou aos meus olhos, e eu sempre folheava
buscando tais imagens. Nessa mesma infância gostava de ler dicionário, achava que
quanto mais palavras sabia, mas conseguiria
conversar com as outras pessoas, quando eu falava essas palavras elas
olhavam pra mim e riam. Percebi então que se
eles não sabiam o significado dessas palavras não precisaria eu também
buscar, pois não haveria comunicação entre nós. Tornei-me adulta trabalhei num
escritório da empresa maior de nossa região, na fila do almoço eram bandejão,
confesso entre eu os peões e os azulejos
não via diferença alguma, tudo massa de manobra. Comecei a pintar sem
técnica alguma só observando, meu
primeiro e único quadro que guardei foi uma caravela no meio de uma tempestade.
Fui estudar e entender mais sobre o que hoje é mais do que o meu sustento. Hoje
estou aqui e valorizo cada pessoa que estiver diante de mim, não desprezo nada
do que é passado aos meus olhos, pois o futuro ninguém sabe e diante de alguns
detalhes desta vida fazem uma enorme
diferença em que os vê e acredita. Estarei postando trabalhos de meus alunos para sua apreciação.
Att: Prof.ª Mariluce Rosa
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